laboratório de experimentação gráfica
"o mapa dos percursos não é o mesmo para todos, mas podem ser sobrepostos em camadas, vez ou outra, forçadamente, vez em quando, de forma a abrir os horizontes do plano. abrindo-se o ordinário mapa, de forma individual, pode-se gravar as rotas percorríveis com um fio vermelho numa tentativa organizada de fuga do lugar presente, mesmo que já estejam abertas na terra, por meio de feridas, grande parte das vias possíveis. é um grande desafio ver-se fora das já previstas margens, guarda-corpos que a todo custo sinalizam retornos para a estrada-mãe, previamente cartografada, racionalmente pensada. ainda mais difícil é conectar os fios em nós, criar uma continuação linear para o já enredado mapa. fios podem ganhar corpo pelo caminho, metro novo ou rigidez. não foi posto nos registros que o fio necessariamente deveria seguir o mesmo por toda a rota. não foi previamente estabelecido ser maleável, de coloração igual, ser cordel ou arame, seja ao conectar-se com novos caminhos ou com seus desvios. o percurso sempre é definido para que haja movimento, o próximo passo, e com ele fiar-se a próxima linha da trama, azul."

— Níco Camargo

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